segunda-feira, 20 de maio de 2013

COMO SE PREPARAR PARA O ENEM 2013 E/OU VESTIBULARES

Blog “Preparando-se para o ENEM e/ou vestibulares”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM): INTRODUÇÃO


Explicações, notícias, simulados, provas, gabaritos, correções, videoaulas são algumas das ferramentas que o Vestibular Brasil Escola já disponibiliza para auxiliar na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  Este ano buscamos outra novidade: dicas para que vestibulandos e estudantes em geral possam aperfeiçoar seus estudos para o Enem.

Cada vez mais instituições de ensino superior adotam o Enem em seus processos seletivos, seja parcialmente ou na totalidade. Por isso, a preparação para o exame se tornou uma preocupação para muitos. O Vestibular Brasil Escola busca, mais uma vez, ajudar nos estudos daqueles que querem conseguir boas notas.

O número de questões aumentou - pulou de 63 para 180, mas o Enem, embora muito tenha sido dito sobre sua reformulação, continua priorizando a capacidade de raciocínio lógico e as habilidades analíticas dos estudantes. Pensando nisso, a equipe do Educar para Crescer fez um especial para ajudar o aluno que fará a prova, realizada nos dias 3 e 4 de outubro.

O exame será dividido em quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação), ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. Cada parte com 45 questões.

O site traz dicas para você desenvolver a capacidade de interpretação e para controlar a ansiedade. Ele também endossa a importância do exame em todo o Brasil. "Além de servir de diferentes maneiras no processo seletivo das universidades federais, [o Enem] será utilizado para a seleção dos bolsistas do ProUni, substituirá o Encceja (dará certificados de conclusão do ensino médio) e ainda continuará valendo como parte das notas de alguns vestibulares de instituições particulares", diz a reportagem.

A revista Veja Online fez uma matéria mapeando quais conteúdos mais apareceram nas provas do Enem e hoje, seguindo na “vibe” do fim de semana o tema continua sendo Matemática por ser a segunda maior preocupação dos candidatos (a primeira é Redação Enem) e compreende uma área inteira da prova. Claro, esta estatística feita não garante as questões para o Enem 2013 mas dá pra ter uma boa ideia do perfil dos avaliadores e do que caiu mais ou menos na prova do Enem.

Veja também uma entrevista coletiva com o nosso ministro da Educação Aloizio Mercadante (se você não o conhecia, vá se acostumando porque a gente vive falando dele por aqui). Esta entrevista aconteceu ano passado logo depois da prova do Enem e é bem importante para  que você candidato ao Enem 2013 tenha uma ideia de como é a prova para quem organiza, ver os muitos casos especiais, as tentativas de fraude e punições. Isso tudo é pra você ir se acostumando com este mundo da prova e se preparando para o Enem 2013.

Agora, observe o quadro abaixo para entender quais conteúdos caíram durante os anos de 2009 a 2012,  de acordo com a ementa (a relação de conteúdos) do Enem para a área de Matemática. Veja que alguns conteúdos caem bastante como Geometria e outros bem menos como Matriz por exemplo. Dá uma olhada:



Esta tabela pode servir como um mapa para organizar seus estudos para o Enem 2013 que tal? E destes conteúdos, quais você tem mais dificuldade? Compartilha aí!


A FÍSICA NO ENEM


Como sabemos, o ENEM mudou, deixando para trás a concepção de que alunos têm que decorar várias fórmulas, principalmente as de física, que para muitos estudantes são o terror dos vestibulares.

Em seu novo modelo, a prova procura abordar situações vivenciadas diariamente pelos estudantes e visa também a interdisciplinaridade. Tais mudanças fizeram com que o ENEM ganhasse peso nos processos seletivos das principais universidades do país. Em muitas delas, o ENEM serviu como fase única no vestibular.

As disciplinas não estão mais separadas por blocos, mas sim agrupadas em quatro grandes áreas de conhecimento. A física está incluída na área de “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”.

Em relação às questões de física cobradas nas provas, o MEC (Ministério da Educação) tem por objetivo identificar algumas competências básicas dos alunos. São elas:

– Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.

– Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.

– Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicas.

– Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.

– Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

– Apropriar-se de conhecimentos da física, da química e da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.

De acordo com as competências abordadas acima vemos que a física não mais é cobrada somente através de cálculos e decorebas de fórmulas. As questões são interativas e interdisciplinares.

Assim, a prova exige diferentes habilidades, como: capacidade de interpretação, domínio de linguagens (matemática, científica, etc.), enfrentar situações-problema, além de ter a visível compreensão das ciências naturais e as tecnologias que a elas se associam na construção do conhecimento humano.

Abaixo você encontra a lista dos conteúdos programáticos cobrados pelo ENEM, bem como os links referentes aos textos do tema desejado:


Conhecimentos básicos e fundamentais - Noções de ordem de grandeza. Notação Científica. Sistema Internacional de Unidades. Metodologia de investigação: a procura de regularidades e de sinais na interpretação física do mundo. Observações e mensurações: representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis. Ferramentas básicas: gráficos e vetores. Conceituação de grandezas vetoriais e escalares. Operações básicas com vetores.


O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas – Grandezas fundamentais da mecânica: tempo, espaço, velocidade e aceleração. Relação histórica entre força e movimento. Descrições do movimento e sua interpretação: quantificação do movimento e sua descrição matemática e gráfica. Casos especiais de movimentos e suas regularidades observáveis. Conceito de inércia. Noção de sistemas de referência inerciais e não inerciais. Noção dinâmica de massa e quantidade de movimento (momento linear). Força e variação da quantidade de movimento. Leis de Newton. Centro de massa e a ideia de ponto material. Conceito de forças externas e internas. Lei da conservação da quantidade de movimento (momento linear) e teorema do impulso. Momento de uma força (torque). Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos rígidos. Força de atrito, força peso, força normal de contato e tração. Diagramas de forças. Identificação das forças que atuam nos movimentos circulares. Noção de força centrípeta e sua quantificação. A hidrostática: aspectos históricos e variáveis relevantes. Empuxo. Princípios de Pascal, Arquimedes e Stevin: condições de flutuação, relação entre diferença de nível e pressão hidrostática.


Energia, trabalho e potência - Conceituação de trabalho, energia e potência. Conceito de energia potencial e de energia cinética. Conservação de energia mecânica e dissipação de energia. Trabalho da força gravitacional e energia potencial gravitacional. Forças conservativas e dissipativas.


A Mecânica e o funcionamento do Universo - Força peso. Aceleração gravitacional. Lei da Gravitação Universal. Leis de Kepler. Movimentos de corpos celestes. Influência na Terra: marés e variações climáticas. Concepções históricas sobre a origem do universo e sua evolução.


Fenômenos Elétricos e Magnéticos - Carga elétrica e corrente elétrica. Lei de Coulomb. Campo elétrico e potencial elétrico. Linhas de campo. Superfícies equipotenciais. Poder das pontas. Blindagem. Capacitores. Efeito Joule. Lei de Ohm. Resistência elétrica e resistividade. Relações entre grandezas elétricas: tensão, corrente, potência e energia. Circuitos elétricos simples. Correntes contínua e alternada. Medidores elétricos. Representação gráfica de circuitos. Símbolos convencionais. Potência e consumo de energia em dispositivos elétricos. Campo magnético. Imãs permanentes. Linhas de campo magnético. Campo magnético terrestre.


Oscilações, ondas, óptica e radiação - Feixes e frentes de ondas. Reflexão e refração. Óptica geométrica: lentes e espelhos. Formação de imagens. Instrumentos ópticos simples. Fenômenos ondulatórios. Pulsos e ondas. Período e frequência, ciclo. Propagação: relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda. Ondas em diferentes meios de propagação.


O calor e os fenômenos térmicos - Conceitos de calor e temperatura. Escalas termométricas. Transferência de calor e equilíbrio térmico. Capacidade calorífica e calor específico. Condução do calor. Dilatação térmica. Mudanças de estado físico e calor latente de transformação. Comportamento de Gases ideais. Máquinas térmicas. Ciclo de Carnot. Leis da Termodinâmica. Aplicações e fenômenos térmicos de uso cotidiano. Compreensão de fenômenos climáticos relacionados ao ciclo da água.

Atente-se ao fato de que as questões do ENEM fazem uma abordagem mais ampla, ou seja, uma questão pode abordar diversos assuntos de diversas áreas. Assim, a física pode ser cobrada em meio a situações cotidianas de diferentes áreas, por meio de gráficos, tabelas, notícias, etc., cabendo ao vestibulando interpretá-las, para assim aplicar os conhecimentos físicos básicos.


A MATEMÁTICA NO ENEM


Desde o princípio da aplicação do ENEM, ocorreram alterações no exame, e a mais evidente é a mudança do nome das matrizes dos conteúdos. A partir dela, as perguntas, antes agrupadas em disciplinas, passaram a ser separadas por grandes áreas. Questões sobre as disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia são elencadas na área de Ciências Humanas; as de Biologia, Física e Química, na área de Ciências da Natureza; e as disciplinas de Português, Literatura, Línguas, Artes e Educação Física, na área de Linguagens e Códigos.

Mas e a Matemática, onde foi parar? Ela possui uma área destinada somente para ela: Matemática e suas Tecnologias. Esta área abarca 45 questões do exame e, de acordo com o MEC, compreende sete competências, que devem ser trabalhadas no decorrer do Ensino Médio. Vale ressaltar que mesmo a Matemática tendo uma área destinada a ela, ainda assim ela tem grande presença nas outras áreas, em forma de gráficos e tabelas, dados estatísticos, expressões e fórmulas que representam fenômenos.

Estas competências podem ser verificadas no edital do ENEM. Elencaremos aqui as competências relacionadas à área de Matemática e suas Tecnologias:


• Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais;

• Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela;

• Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano;

• Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano;

• Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas;

• Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e interpretação;

• Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.


Analisando cada uma dessas competências, vemos que a prova de matemática trata-se de uma avaliação totalmente contextualizada e interdisciplinar. Em outras palavras, a disciplina deixou de ser um instrumento voltado somente para a matemática, passando a ter sua aplicabilidade em situações sociais. Para isso, a prova exige uma capacidade que vai além do conteúdo, fazendo com que o aluno desenvolva um raciocínio lógico acerca dos problemas levantados nas questões.

Sendo assim, fica evidente o principal objetivo do ENEM, que é o de reformar o Ensino Médio, mudando a forma como os colégios abordam o seu ensino, atualmente voltado para vestibulares que focam apenas o conteúdo. Ou seja, o ENEM busca promover uma avaliação que incentive os colégios a abandonarem esta educação conteudista, para que assim possam ser formados alunos que compreendam os fenômenos, resolvam problemas e desenvolvam um raciocínio lógico por meio de reflexões acerca destas competências.


A BIOLOGIA NO ENEM


O ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, desde sua versão 2009, apresenta uma redação e 180 questões objetivas , divididas nas quatro áreas do conhecimento:


- Ciências Humanas e suas Tecnologias, cujos componentes curriculares são: História, Geografia, Filosofia eSociologia.


- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação, cujos componentes curriculares são: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física eTecnologias da Informação e Comunicação.


- Matemática e suas Tecnologias, cujo componente curricular é a Matemática.


- Ciências da Natureza e suas Tecnologias, cujos componentes curriculares são: Química, Física e Biologia.


Para que você fique por dentro dessa prova, o canal Vestibular, do Brasil Escola, oferece, além de dicas gerais sobre o ENEM, informações específicas sobre seus conteúdos.

Dessa forma, disponibilizamos, a seguir, o conteúdo programático de biologia do ENEM 2012. Cada item em azul, grifado, corresponde a um texto, disponível em nosso site, relacionado ao assunto.


1 - MOLÉCULAS, CÉLULAS E TECIDOS


- Estrutura e fisiologia celular: membrana, citoplasma e núcleo.

- Divisão celular (mitose e meiose).

- Aspectos bioquímicos das estruturas celulares. Aspectos gerais do metabolismo celular.

- Metabolismo energético: fotossíntese e respiração.

- Codificação da informação genética.

- Síntese proteica.

- Diferenciação celular.

- Principais tecidos animais e vegetais (aqui e aqui).

- Origem e evolução das células.

- Noções sobre células-tronco, clonagem e tecnologia do DNA recombinante.

- Aplicações de biotecnologia na produção de alimentos, fármacos e componentes biológicos.

- Aplicações de tecnologias relacionadas ao DNA a investigações científicas, determinação da paternidade, investigação criminal e identificação de indivíduos.

- Aspectos éticos relacionados ao desenvolvimento biotecnológico. Biotecnologia e sustentabilidade.


2 - HEREDITARIEDADE E DIVERSIDADE DA VIDA


- Princípios básicos que regem a transmissão de características hereditárias.

- Aspectos genéticos do funcionamento do corpo humano.

- Grupos sanguíneos (aqui e aqui também!), transplantes (outro aqui e este, sobre transplante de medula óssea) e doenças autoimunes.

- Neoplasias e a influência de fatores ambientais (confira aqui nossa seção sobre esse assunto).

- Aconselhamento genético.

- Fundamentos genéticos da evolução.


3 - IDENTIDADE DOS SERES VIVOS


- Níveis de organização dos seres vivos.

- Vírus, procariontes e eucariontes: Reinos Protoctista, Plantae (aqui também!), Fungi e Animalia.

- Autótrofos e heterótrofos (nutrição dos seres vivos).

- Seres unicelulares (bactérias e archaeas, alguns protozoários e algas, e alguns fungos) e pluricelulares (vegetais, animais; e alguns protozoários, algas e fungos).

- Sistemática e as grandes linhas da evolução dos seres vivos (aqui, aqui e aqui).

- Tipos de ciclo de vida.

- Funções vitais dos seres vivos e sua relação com a adaptação desses organismos a diferentes ambientes.

- Embriologia, anatomia e fisiologia humana.

- Biotecnologia e sistemática.


4 - ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS


- Ecossistemas: fatores bióticos e abióticos.

- A comunidade biológica: teia alimentar (e aqui), sucessão e comunidade clímax.

- Dinâmica de populações.

- Fluxo de energia no ecossistema.

- Biogeografia.

- Biomas brasileiros (Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal).

- Exploração e uso de recursos naturais (e também aqui).

- Problemas ambientais: mudanças climáticas, efeito estufa; desmatamento (aqui também); erosão; poluição da água, do solo e do ar (aqui também).

- Conservação e recuperação de ecossistemas.

- Conservação da biodiversidade.

- Tecnologias ambientais.

- Noções de saneamento básico.

- Noções de legislação ambiental: água, florestas, unidades de conservação; biodiversidade.


5- ORIGEM E EVOLUÇÃO DA VIDA


- A biologia como ciência: história, métodos, técnicas e experimentação.

- Hipóteses sobre a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos.

- Teorias de evolução (confira a nossa seção!).

- Explicações pré-darwinistas para a modificação das espécies.

- Teoria sintética da evolução.

- Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas.


6 - QUALIDADE DE VIDA DAS POPULAÇÕES HUMANAS


- Aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano.

- Indicadores sociais, ambientais e econômicos.

- Índice de desenvolvimento humano.

- Principais doenças que afetam a população brasileira: caracterização, prevenção e profilaxia.

- Noções de primeiros socorros.

- Aspectos sociais da biologia: uso indevido de drogas; gravidez na adolescência; obesidade (também aqui).

- Violência e segurança pública.

- Aspectos biológicos do desenvolvimento sustentável.

- Legislação e cidadania.


A QUÍMICA NO ENEM


Para que você se saia bem no ENEM, separamos alguns conteúdos da área de Química que cairão na prova deste ano e listamos links de nosso site que explicam cada uma destas matérias. No entanto, não se esqueça de relacionar estes conteúdos estudados com as situações do cotidiano e de se manter bem informado, pois podem ter prioridade assuntos que estão na mídia, como a Radioatividade:


1- TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS:



2- REPRESENTAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS:



3- MATERIAIS, SUAS PROPRIEDADES E USOS:



4- ÁGUA:



5- TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E ENERGIA:


· Pilha.


6- DINÂMICA DAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS



7- TRANSFORMAÇÃO QUÍMICA E EQUILÍBRIO



8- COMPOSTOS DE CARBONO



9- RELAÇÕES DA QUÍMICA COM AS TECNOLOGIAS, A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE



10-ENERGIAS QUÍMICAS NO COTIDIANO


·  Carvão.

·  Biomassa.



ENEM 2013: CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


O ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, em sua versão 2013, apresentará 45 questões objetivas referentes à área do conhecimento “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, cujos componentes curriculares são Química, Física e Biologia.

Segundo o edital, tal prova, de uma maneira geral, busca verificar o domínio das linguagens do aluno, seu nível de compreensão de fenômenos, capacidade de enfrentar situações-problema, de construir argumentações e de elaborar propostas.

Especificamente em “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, espera-se que ele seja capaz de:


– Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.

– Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.

– Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.

– Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.

– Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

– Apropriar-se de conhecimentos da física, química e biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.


Uma vez que, no ENEM, os componentes curriculares não são divididos; as questões tendem a relacionar as diversas abordagens dadas a um mesmo conteúdo, dentro de disciplinas diferentes. Além disso, é recorrente o uso de textos explicativos, imagens e gráficos que, desde que bem interpretados, podem fornecer automaticamente a resposta da questão. Por este motivo, é sempre bom ler/observar mais de uma vez cada um desses itens adicionais à pergunta. Outra dica é estar atento à possibilidade de ser requerido o uso de ferramentas básicas da Matemática.

As questões referentes às Ciências da Natureza e suas Tecnologias abordam bastante a temática ambiental. Embora algumas delas se utilizem de recursos que, à primeira vista, poderiam ser de difícil compreensão – como é o caso de legislações ambientais –, por serem cobrados aspectos relacionados ao nosso cotidiano e/ou interpretação, elas acabam se apresentando de média à fácil resolução. Vale ressaltar, também, que é recorrente a presença de questões relacionadas a fontes de energia, principalmente as alternativas.

Especificamente sobre a Biologia, considerando os conteúdos abordados nas questões das provas de 2008 a 2012, o aluno deverá dar uma atenção especial aos temas de ecologia, e de saúde pública e doenças em geral. Além deles, evolução, genética, biologia celular, fisiologia animal e vegetal (com destaque para o funcionamento dos sistemas do corpo humano), e biotecnologias – transgenia (aqui e aqui), clonagem, etc.; também merecem destaque.

Uma observação oportuna é o fato de a questão 90, da prova amarela do Enem de 2010, ter abordado os príons: partículas infecciosas descobertas por Stanley Prusiner, que posteriormente recebeu o Prêmio Nobel, por essa pesquisa. Por via das dúvidas, não custa nada estudar com afinco também esse assunto. Neste link você encontra informações sobre isso.


COMPETÊNCIAS AVALIADAS NO ENEM


Competências, habilidades, argumentos, enfim... todos esses pressupostos certamente não faltarão no segundo dia de provas referentes ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano de 2013. Sim, não irão faltar, pois você se mostra como alguém que lutou, buscou, preparou-se, no sentido de aprimorar a cada dia para obter um excelente resultado justamente naquela que para muitos é alvo de temor: a redação

Assim, dada essa realidade, no momento em que você se dispuser a ressaltar acerca das suas opiniões, dos seus posicionamentos sobre um determinado assunto, algumas competências serão avaliadas, obedecendo assim a critérios previamente definidos, os quais deverão ser seguidos à risca. Nosso principal objetivo, diante disso, é fazer algumas abordagens, apontando pontos de extrema pertinência quando o assunto é a escrita. Nesse sentido, cada um deles será exaltado, seguido das considerações que se fizerem necessárias ao seu conhecimento:


Domínio da norma padrão da língua portuguesa – Aqui entram em cena os conhecimentos de que você dispõe acerca de todas aquelas regras gramaticais, levando em consideração alguns critérios relacionados à ortografia, concordância, regência, conhecimento dos fatores relacionados à semântica das palavras, lembrando que semântica diz respeito ao significado que elas (as palavras) representam, entre outros. Quando falamos em ortografia é bom que se lembre das novas mudanças que se operaram em decorrência do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Para saber mais é só acessar o texto “Acentuação”.


Compreensão da proposta de redação Antes de começar a organizar suas ideias, é essencial que você compreenda perfeitamente o que requer a proposta sugerida, ou seja, o tema a ser trabalhado. Dessa forma, leia-a prestando bastante atenção, pois é a partir dela que terá condições de elencar, de organizar todos os aspectos que você deseja abordar, condizentes, é claro, com o assunto em discussão;


Seleção e organização das informações – O principal ponto a ser discutido diz respeito ao fato de que suas opiniões é que estarão em jogo, mas não aquelas que você, por si só, acredita serem válidas, pois assim sendo não irão merecer os devidos créditos por parte da banca examinadora. Assim, torna-se muito importante que no momento de argumentar, o faça com base em fatos concretos, sólidos, que realmente apresentem fundamento. Quando falamos em fatos concretos queremos dizer que não são fatos retirados do além, muito menos com base nas verdades coletivas, tampouco nos “achismos”. Tudo que disser precisa estar arraigado em algo verdadeiramente comprovado, por isso, nada melhor que se apoiar em dados estatísticos, alusões, comparações e contrastes, fatores relacionados à causa e consequência, enumeração, citação de testemunho enfim;


Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto – Como você sabe, nós, usuários do sistema linguístico, estamos submetidos a um padrão tido como convencional, comum a todos – o chamado padrão formal da linguagem. Assim, como se trata de um dissertativo-argumentativo, suas ideias precisam, além de sólidas, estar bem articuladas, organizadas por meio de parágrafos bem construídos e, sobretudo, que seu texto obedeça a um encadeamento definido por uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão;


Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades socioculturais – Ao abordar sobre todos os aspectos que você considerou relevantes à proposta, certamente deverá ter levantado alguns aspectos voltados para uma problemática, para um fato passível de ser solucionado, resolvido. Nesse sentido, ao concluir seu texto, uma das melhores formas de arrematar, fechar as ideias, é apresentar uma solução para tudo aquilo que foi amplamente discutido. Como deve ter argumentado da melhor forma possível, certamente não encontrará nenhuma dificuldade para fazer isso.

Mediante todos os aspectos aqui mencionados, esperamos ter contribuído de forma significativa para que você, caro(a) estudante, obtenha o sucesso que lhe é de direito, pois você, frente a todo esforço e dedicação, sem dúvida será um(a) vencedor(a).


NOVE DICAS PARA PASSAR NO ENEM


Manter rotina, inclusive no final de semana, é essencial para quem quer ir bem nas provas


Aula dada é aula estudada Se você faz cursinho de manhã, a dica é estudar sempre a aula que teve no dia. "Após as aulas, é necessário que o estudante estude as matérias que teve. Não deixe nenhuma matéria para depois", diz o coordenador do Anglo.


Estude até o começo da noite Para quem vai no cursinho pela manhã, o melhor é começar a estudar às 15h e manter os estudos até às 19h. Depois disso, tire uma hora, de preferência antes da janta, para ler jornais e revistas.


Estude de segunda a sábado O estudante que consegue manter uma rotina de estudos de segunda a sexta, deve aproveitar o sábado para revisar o conteúdo visto durante a semana. O domingo deve ser de descanso. Já para aqueles que trabalham e fazem cursinho a noite, ou vão à escola pela manhã e ao cursinho à tarde, deve aproveitar o final de semana para estudar a matéria que teve durante a semana no curso pré-vestibular.


Não deixe de fazer redações Tente escrever uma redação por semana. "Se o estudante não está na escola ou cursinho, peça para um amigo ou familiar ler o texto, para apontar possíveis erros e acertos", comenta Alberto do Nascimento.


Resolva provas de vestibulares antigos A partir do segundo semestre, o estudante pode, uma vez por semana, resolver, destinar até duas horas por dia para fazer questões de vestibulares passados.


Revise o conteúdo perto dos vestibulares De acordo com o coordenador Alberto, a revisão para o vestibular deve ser feita de 3 a 4 semanas antes das primeiras fases das provas. A revisão para a segunda etapa deve ser feita assim que o candidato souber do resultado da primeira etapa do processo seletivo que está participando.


Simulados o dia da prova O ideal é que o vestibulando faça um simulado por mês. "Além de medir o seu conhecimento e saber as principais dúvidas, com o simulado o estudante também treina a situação de prova", explica Alberto. Mesmo para quem estuda em casa, dá para simular. Baixe provas antigas e tente representar um dia de prova em casa.


O ato de estudar é solitário O estudante precisa de um lugar calmo para estudar, sem interferências externas. Muitas vezes ficar em casa pode atrapalhar, por isso é recomendável que o estudante fique na escola, no cursinho ou em alguma biblioteca pública, para garantir a concentração.


Mantenha uma atividade física regular É importante que o vestibulando separe uma hora do seu dia, de duas a três vezes por semana, para exercícios físicos. "Aconselho que o estudante mantenha a cabeça voltada 100% para os estudos. Deixe de fazer algumas atividades extras, como ballet ou música. Só mantenha, regularmente, uma atividade física", comenta o coordenador.


As aulas já começaram e com elas a preocupação com os estudos para o vestibular. Como será que devo organizar a minha rotina? Quantas horas por dia preciso estudar? Posso folgar nos finais de semana? Dá para trabalhar e estudar ao mesmo tempo?


Manter essa rotina de estudos é o ideal para conseguir bons resultados nos vestibulares. Além disso, para o professor Alberto, também é fundamental descansar. "O ideal é que o aluno estude até às 21h45 e esteja na cama às 22h, para que ele tenha um sono tranquilo, para acordar bem disposto e assistir as aulas com concentração", comenta.


RENDIMENTOS ENEM 2012


A questão é: tirar notas altas é realmente muito difícil. No Enem 2012, apenas 1,1% dos 4,1 milhões de candidatos tiraram notas iguais ou superiores a 900 pontos (1000 é máximo). A figura abaixo mostra a distribuição do desempenho dos participantes:


Gráfico das notas das redações do Enem 2012 (imagem: MEC)


Já que é tão difícil tirar uma nota tão alta, como esses candidatos conseguiram? Para poder responder a essa questão, o GUIA conversou com quatro estudantes que tiraram mais de 900 pontos. Eles nos contaram como se prepararam para o Enem. Quer saber como mandar bem na prova? Confira as dicas abaixo, todas elas praticadas por esses estudantes nota 1000 (ou quase isso):


1) Leia muito!


Ler ajuda na hora de escrever. Prova disso é o estudante Luís Paulo Sousa da Silva, de 16 anos, que obteve 920 pontos na redação. Ele assume que parte deste resultado tem a ver com o seu vício: ler livros. “Costumo dizer que a minha preparação para a redação do Enem vem desde os 10 anos, idade em que comecei a ler compulsivamente”, diz o estudante.



Ele conta que vale todo o tipo de leitura para escrever melhor. Se você não consegue ler livros muito grandes, pode procurar obras com contos ou crônicas, nas quais os textos são mais curtos. Ler revistas e jornais também é importante, porque além de praticar a leitura, você também estará acompanhando as atualidades, tema da nossa próxima dica.


2) Fique por dentro das atualidades


Os corretores das redações avaliam, principalmente, como os candidatos argumentam sobre o tema.  A argumentação é a base da dissertação, gênero de texto usado pelo Enem.



A estudante Beatriz Bastos, de 16 anos, conta que um dos motivos para ter tirado 920 pontos na redação foi o fato de ela estar sempre bem informada sobre as atualidades. “Como as bancas corretoras tendem a avaliar nosso conhecimento de mundo, acredito que seja essencial estar bem informado, até mesmo para evitar que a sua redação caia no senso comum, com argumentos sempre usados pela maioria das pessoas”, aconselha a estudante.

E dá para acompanhar as atualidades até pelo Facebook! Beatriz explica que curtia páginas de jornais e revistas na rede social. Veja neste link algumas páginas que são legais de curtir para estudar e acompanhe no blog Atualidades no Vestibular as principais notícias do momento.


3) Treine bastante!


Além de ler muito e se manter sempre bem informado, outra dica infalível para mandar bem na redação é treinar. Os quatro candidatos ouvidos pelo GUIA faziam redações com frequência. A periodicidade variava entre uma redação a cada duas semanas e até dois textos por semana, como foi o caso do estudante Maicon Miranda, de 17 anos, que conseguiu 940 pontos.  “É preciso ter consciência de que todo este processo demanda tempo. Meu professor de redação costuma dizer que é como malhar na academia: não é de uma hora pra a outra que terá o tão sonhado ‘abdômen definido’”, conta.

O treino, além de melhorar a qualidade do texto, também ajuda a diminuir o tempo que você leva para escrever uma redação, como explica Luís: “Eu fiquei mais acostumado com a constituição correta de um texto e quais são os melhores conectivos a serem usados, além de ajudar a construir mais rapidamente o texto”.

Outro ponto positivo para o treino: em casa você tem a oportunidade de escolher um tema e pesquisar sobre o assunto. Beatriz conta que isso a ajudou a aumentar a bagagem de informações que ela poderia usar nas próximas redações e melhorou a sua argumentação. O estudante Ramon Silva Maciel, de 17 anos, obteve a maior nota entre os entrevistados: 960 pontos. Ele concorda com Beatriz e afirma que o treino é fundamental. “Eu considero isso muito importante, porque além de você se atualizar, você se prepara, alavanca seu vocabulário e fica por dentro de como realizar um bom texto dissertativo-argumentativo”, aconselha.


4) Faça um rascunho da redação


Outro ponto em comum entre os entrevistados, além do treino e da leitura, foi o uso do rascunho antes de escrever a redação na folha definitiva – a prova do Enem vem com uma folha de rascunho para ser usada. Maicon costuma fazer uma “tempestade de ideias” antes de começar a escrever. Ele pensa no máximo de informações que sabe sobre o tema e escreve frases curtas no rascunho. Depois desse processo, seleciona os argumentos que entrarão na redação e começa a escrever o texto no rascunho.

Beatriz também gosta do rascunho, porque assim, segundo ela, não se perde no meio das ideias. “A parte mais difícil, para mim, sempre foi iniciar a redação, por isso, já no começo, montava um esquema com tudo o que escreveria e distribuía as ideias que caberiam na introdução, desenvolvimento e conclusão”, conta.

Além das dicas dos estudantes, o uso do rascunho é importante para você poder ler e reler seu texto e procurar por erros de concordância e o uso de palavras muito repetidas, que empobrecem a redação. “O melhor método para fazer uma boa redação é seguir sempre as regras para não haver desvios ortográficos e gramaticais e principalmente para atingir uma boa nota”, lembra Ramon.


PARA SABER MAIS: COMO É FEITA A CORREÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM?


A redação é examinada por dois corretores, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Caso haja diferença na nota final superior a 200 pontos, o texto é lido por um terceiro corretor.

Uma banca examinadora de excelência é acionada caso a diferença entre as notas dos três avaliadores permaneça superior a 200 pontos. Composta por três professores, a banca será responsável pela atribuição da nota final ao participante. O máximo é de mil pontos e a nota final será a média aritmética das notas atribuídas pelos avaliadores.

Na correção da redação, cinco competências são avaliadas: domínio da língua portuguesa; compreensão do tema proposto; capacidade de selecionar e organizar ideias; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; elaboração de proposta para o problema abordado.

Na hipótese de a nota do primeiro corretor ser de 640 pontos e a do segundo, 480 — diferença inferior a 200 pontos —, a nota final da redação desse candidato será a média aritmética das duas. No entanto, caso a nota de um corretor, na competência 1, seja 160 e a de outro, 40, a redação será encaminhada ao terceiro avaliador. Se a terceira nota, nessa competência, se aproximar daquela atribuída por um dos dois corretores anteriores, não haverá necessidade da banca examinadora. A avaliação mais baixa será eliminada.

O estudante terá nota zero na redação se fugir ao tema proposto, apresentar estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, entregar folha em branco, com sete linhas ou menos, copiar os textos motivadores e reproduzir impropérios, desenhos ou palavras de desrespeito aos direitos humanos.


COMO OTIMIZAR A NOTA NA REDAÇÃO DO ENEM


Para se dar bem na redação do Enem que teve como tema "Movimento imigratório para o Brasil no século 21", os estudantes dizem que contaram com uma base teórica adquirida após muito estudo e leitura. Laís leu 15 livros no ano passado, Gabriel mantém a média de ler um título a cada duas ou três semanas. Os dois também leem revistas, jornais e sites e para treinar, escreveram em 2012 pelo menos um texto por semana. Ambos concluíram o ensino médio no Colégio Objetivo Integrado, de São Paulo.

Para Gabriel, não à toa os vestibulandos temem as redações dos vestibulares, pois os estudantes não são formados para escrever dissertações no modelo cobrado, além do mais o critério da correção é subjetivo. “Tem de ter técnica, além de criatividade. Não adianta ser super criativo, se não for coeso. Se o estudante usar seu repertório para citar algo de filosofia ou sociologia, ganha muito. Mas não temos hábito de fazer isso, nossa educação é fragmentada, não junta as matérias."

Uma recomendação de Gabriel é a de se atentar ao modelo cobrado pela instituição. No caso do Enem, segundo ele, foi fundamental não apresentar nenhum juízo de valor sobre a imigração e propor soluções ao problema. No texto, abordou a questão de que muitos imigrantes têm boa formação e o mercado brasileiro precisa de mão de obra especializada e para os menos qualificados era necessário oferecer cursos profissionalizantes. "A nota deu ânimo para a USP, sei que os modelos das redações são diferentes, mas aliviou bastante porque mostra que eu estava preparado", afirma.

Mesmo com uma excelente nota do Enem (811 pontos), Gabriel não pretende entrar na disputa do Sisu, quer mesmo estudar engenharia elétrica na USP. Nesta reta final, o estudante deu uma pausa nos estudos para descansar. Razoavelmente confiante, como se define, diz que também contou com um pouco de sorte para gabaritar na redação do Enem. "Caí com o corretor certo que estava de bom humor", brinca.

Laís conta que não esperava 1.000 na redação do Enem, pois apesar de ter facilidade para escrever, considerou boa sua introdução, mas não o texto todo. "Não me daria dez, mas fiquei muito feliz", diz, modesta.

Como estratégia de organização, ela indica um bom rascunho separando as ideias por parágrafos, antes de partir para o texto final. Na redação do Enem, fez críticas à ausência de políticas públicas brasileiras específicas para os imigrantes e propôs medidas para melhor recebê-los, como cursos de especialização. "Coloquei bastante exemplo, isso ajudou e também dei argumentos históricos. Falei da legislação específica da época do Getúlio Vargas."

A estudante teve média geral de 788 pontos no Enem, e vai usar o exame para disputar vaga no curso de engenharia de produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ou tentar uma bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni) no Centro Universitário da Fei.

Além da USP, Laís também foi aprovada para a segunda fase da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). "Tirar 1.000 na redação do Enem deu uma animada para fazer as segundas fases, mas não dá para relaxar. Não parei de estudar. Chego na escola às 7h e só saio às 20h", afirma.


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